domingo, 27 de setembro de 2009

Victor e o sertanejo


Escrito por André Piunti- Universo Sertanejo


Como quem acompanha aqui o site (Universo Sertanejo) sabe, eu estive na coletiva do Victor e Leo, anteontem, no ginásio do Ibirapuera.

Foi uma entrevista interessante pelo fato de a dupla não ter dado aquelas respostas padrões comuns nesse tipo de encontro, como “estamos felizes com o DVD”, “esperamos que ele seja muito sucesso” e etc, etc, etc.

Acontece que a entrevista saiu do esquema “pergunta e resposta” e acabou num debatezinho. E nessas situações, quando você não ouve toda a conversa, pode tirar conclusões erradas.

Na hora em que eu voltei da coletiva, a comunidade do Orkut da dupla já estava em polvorosa com uma certa declaração de que o Victor havia refutado a ideia de ser uma dupla sertaneja ao lado do irmão, e alguns comentários ofensivos haviam sido postados aqui em textos sobre a dupla (e continuam se repetindo até agora).

Tentei explicar lá na comunidade e explico agora aqui. Eles não disseram isso, não negaram ser sertanejos, até mesmo porque essa abordagem não existiu. A indagação do Victor de que ” por que toda dupla que aparece no Brasil tem que ser sertaneja?” não foi uma tentativa de se afastar do estilo, mas sim o final de uma longa discussão que começou, para variar, com o tal rótulo de sertanejo universitário, que esse, de fato, eles negam ser (e não são, de fato).

As declarações que vocês devem ter lido (que eu ainda não tive tempo de ver, mas assisti pessoalmente do começo ao fim), deram a entender, para algumas pessoas, que eles estão tirando o corpo, querendo dizer que “nós não somos sertanejos, somos maiores do que isso”.

Só que na continuidade, o Leo diz que, eles sim, cantam músicas sertanejas, e deu exemplo de que isso não é uma opção, mas sim algo intrínseco a vida deles, já que nasceram no campo e cantam canções como “Deus e eu no sertão”, por exemplo.

Tudo o que foi dito ontem por eles, já havia sido dito em várias outras entrevistas. É que quando somente se ouve um trecho de uma ideia inteira, ela pode ser interpretada de formas diferentes, inclusive negativamente.

Fui com o UOL para a entrevista, e eles têm toda a coletiva gravada. Se eu conseguir, pego o assunto inteiro e posto aqui, para que vocês tirem suas próprias conclusões.

Eles renegam tanto a música sertaneja que um dos convidados foi Renato Teixeira e uma das regravações foi de Tião Carreiro e Pardinho.


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