domingo, 24 de maio de 2009

Sabe aquela música?


Existem músicas que grudam na nossa cabeça depois de embalarem cenas dos personagens

O que seria da famosa viúva Porcina (Regina Duarte, foto abaixo) sem Dona, do Roupa Nova, em Roque Santeiro (1985), ou de Jade (Giovanna Antonelli) e Lucas (Murilo Benício) em O Clone (2001) sem A Miragem – aquela do verso “somente por amor, a gente põe a mão no fogo da paixão”?Há tempos, as trilhas sonoras das novelas marcam época e mostram seu potencial de se transformar em sucesso.

Prova disso é que o ranking das 10 músicas mais tocadas nas rádios do Brasil em 2008, divulgado pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) neste mês, traz sete faixas extraídas dos folhetins.Dona da terceira faixa mais executada nas rádios no ano passado, a romântica Coisas que Eu Sei, Danni Carlos diz que deu sorte pela canção ter sido o tema do casal Júlia (Débora Falabella) e Evilásio (Lázaro Ramos), de Duas Caras, da TV Globo.– Ter música em novela é bacana quando os personagens têm carisma.

Mais do que estar em uma trama, a canção fazia parte de um núcleo muito forte – analisa a cantora, que tem carinho pela faixa.– Foi a primeira que cantei em português. Chorei quando ouvi pela primeira vez – conta.Quando perguntada se gostaria de integrar outra trilha sonora de novela, Danni não titubeia:– Com certeza. A música vinculada a qualquer outro tipo de arte é muito legal para o artista.

Os sertanejos Victor e Leo, donos do hit Tem que Ser Você, da trilha de A Favorita (2008), da TV Globo, reconhecem que ter uma música como tema de Céu (Deborah Secco) ajudou a transformá-la em hit.

– Não há dúvidas de que a canção, que já era muito bem aceita pelo público, passou a ser bem mais fervorosamente cantada depois do belo trabalho a que se somou com Deborah Secco e Thiago Rodrigues – diz Victor.

Autor do livro A Trilha Sonora da Telenovela Brasileira, Rafael Righini diz que o sucesso das trilhas pode ser justificado:– A TV é o grande veículo brasileiro. Tudo o que ela mostra vira lei. Além disso, hoje em dia as novelas são vitrines. Essa coisa dos folhetins serem um gênero menor é coisa do passado – diz.


Fonte: Zero Hora

Pesquisa: Amanda Cristini

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